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sábado, 21 de janeiro de 2012

ENGENHARIA DIVINA

A ENGENHARIA  DIVINA 

Os Dromedários
NOME COMUM: Dromedário ou camelo de uma giba
NOME CIENTÍFICO: Camelus dromedarius
NOME EM INGLÊS: Arabian Camel
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
FAMÍLIA:Camelidae
ORDEM: Artiodáctilos
SUBORDEM: Tilópodes
CARACTERÍSTICAS:
ALTURA: O dromedário é um dos maiores mamíferos terrestres cuja altura, medida no alto de sua giba, pode atingir 3m.
PESO DA GIBA: Nos dromedários bem nutridos a giba revela-se piramidal, ao passo que nos animais magros ela é quase inexistente. Seu peso varia entre uma máximo de 21 Kg e um mínimo de 2 a 3 Kg.
ORIGEM: Acredita-se que o dromedário seja originário da Arábia e que o homem provavelmente o terá introduzido na África do Norte. Os monumentos do antigo Egito não mencionam e os autores gregos e latinos também não o consideram como animal típicos daquela região. De qualquer modo, é certo que sua domesticação remonta aos tempos pré-históricos.
PELAGEM:A coloração da pelagem, muito variável, apresenta em geral uma tonalidade arenosa, mas há dromedários cinzentos, brunos e negros, de pés claros. Os árabes acham que os negros são de qualidade inferior aos de pelagem clara. Com efeito, é possível que os animais escuros suportem menos o sol.
HABITAT: O dromedário só existe em estado doméstico e acha-se muito difundido na África do Norte, no Oeste da Ásia e na Índia. Ocorre igualmente nas ilhas Canárias, tendo sido também levado para a Austrália , América do Norte, Itália e sul da Espanha.
CARACTERÍSITCA FÍSICA: A cabeça do dromedário é relativamente curta, com um focinho alongado e proeminente. Os olhos são grandes e dotados de pupila oval, fendida horizontalmente. As orelhas mostram-se pequenas e móveis. O lábio superior fendido e pendente, excede o lábio inferior. Na parte posterior do crânio encontram-se glândulas, particularmente desenvolvidas no macho, as quais segregam um líquido negro e fétido que se torna mais abundante na época de reprodução. O pescoço é longo e curto e pançudo. A curva do dorso, que se eleva desde o pescoço até o alto da giba, cai daí para a parte traseira do animal. Sob a pele, logo adiante da giba, há um sulco profundo que constitui um vestígio do que outrora separava as duas gibas dos antepassados longíquos do dromedário.
   1 - Na parte posterior da cabeça, possuem glândulas que, na época do acasalamento, secretam um líquido escuro e oleoso.
2 - Estes pêlos protegem a corcova dos raios solares.
3 - A temperatura do corpo pode passar de 34ºC (à noite) para 40ºC (de dia): este é um importante fator de regulagem térmica.
4 - As calosidades nas articulações das pernas funcionam como "almofadas" quando o animal se deita na areia.
A junção dos membros posteriores com o tronco faz-se bem no alto das coxas, que são salientes e contribuem para dar ao animal uma silhueta desgraciosa. O pé, grande e caloso, arredondado como um coxim, é protegido por espessa camada córnea. A cauda, delgada, desde até os jarretes. O pêlo apresenta-se macio e lanoso, sendo mais longo no crânio, na nuca, na garganta, nas espáduas e na giba. O peito, os joelhos e os talões das patas exibem calosidades características. As do peito são muito salientes e é sobre elas que o animal se apoia quando em repouso.
A dentição de leite compreende 6 incisivos em cada maxilar, mas os 4 dentes medianos do maxilar superior caem muito cedo, não sendo substituídos por outros. Nos animais adultos a formação dentária é a seguinte: 8 incisivos; 4 caninos; 10 pré-molares;12molares.
DISTÂNCIA QUE CONSEGUE PERCORRER: Numa corrida entre um cavalo e um dromedário o cavalo leva a princípio vantagem, mas não tardará a perder terreno por não resistir à constância de velocidade do dromedário que, em caso de necessidade, pode trotar durante 16 horas a fio, percorrendo assim, até 140 Km por dia.
Quando convenientemente alimentado e dessedentado, o animal suporta muito bem a fadiga e pode manter essa cadência durante 3 ou 4 dias consecutivos percorrendo assim, mais de 500 Km. com os dromedários de sela ou de carga medíocre tudo é diferente. Na melhor das hipóteses, não vão além de 50 Km por dia. Com 150 Kg de carga, avançam em média 4 Km por hora, marcha que podem manter durante 12 horas a fio. em boas pistas e se o traseiro não é demasiado chegam a percorrer uns 40 Km por dia. Mas pode-se considerar como comum a média de 25 a 30 KM por dia.
ADAPTAÇÃO À SECA: Os camelos do Saara constituem notável exemplo de adaptação à seca. Entretanto não são capazes como quer a lenda, de ficar uma semana ou mais sem beber, exceto no inverno. Nessa época do ano a temperatura do deserto é mais suportável, e uma flora típica surge então. Os dromedários que comem estas plantas muito suculentas não tem necessidade de água comum a não ser que se exija deles trabalho muito intenso. Além disso são capazes de beber água salobra que outros mamíferos, como por exemplo o homem, não poderiam engolir sem sofrer uma desidratação.
ADAPTAÇÃO AO MEIO AMBIENTE: Perfeitamente adaptados à vida no deserto este animal só se sente de fato à vontade nas regiões quentes e secas, perdendo suas qualidades naturais nos climas úmidos. Devido a isso, fracassaram diversas tentativas para aclimá-lo à ilha de Java. Os indivíduos importados não conseguiram propagar a espécie e não tardaram a sucumbir à mudança de alimento e de clima. Em compensação, o dromedário prospera em todas as regiões que são favoráveis à sua constituição orgânica. Fernando de Medicis levou em 1622, um certo número de dromedário para a toscana. Essa primeira tentativa foi seguida de outras, de modo que a criação desses animais ainda é hoje praticada em terras de San Rossore, perto de Pisa.
A criação do dromedário é muito importante em toda a África do Nordeste. Durante séculos estes animais percorreram caminhos no deserto que ligavam países do Níger às margens do Mediterrâneo. Os caminhos das caravanas estão assinalados, aqui e ali, por esqueletos de dromedários.
Um dos fatores básicos da adaptação do dromedário à vida no deserto é o fato de perderem peso quando passam muito tempo sem beber. Seu emagrecimento é visível, notando-se a marca das costelas e a redução da giba. Assim que encontra meio de se dessedentar, o animal recupera a quantidade de água que lhe está faltando e logo readquire seu peso anterior. Em poucas horas desaparece seu aspecto descarnado. Este fenômeno explica-se da seguinte forma: perda de água pela respiração e transpiração é inevitável, tornando-se tanto mais elevada quanto menor for o grau higrométrico do ar.
No decorrer da fase de desidratação a água que se encontra nos tecido é a primeira a ser eliminada. A giba perde volume e a camada gordurosa da epiderme diminui de espessura, o que proporciona o aspecto magro do animal. Mas o conteúdo de água no sangue não muda, permitindo assim uma atividade vascular normal. A irrigação do cérebro, o trabalho do coração e sobretudo a diminuição de calor interno à altura dos pulmões não são afetados. O sangue além do transporte do oxigênio continua a desempenhar seu papel de líquido refrigerante.
No homem e outros mamíferos ao contrário, a perda de água começa pelo plasma. Em caso de calor interno, causando rapidamente graves lesões. A temperatura sobe, o cérebro é mal irrigado e o coração tem de desenvolver um esforço considerável. Contrapartida o animal não emagrece, pois a água dos tecidos não é consumida.
É esta diferença fundamental entre os dois processos de desidratação que explica porque o dromedário engorda rapidamente depois de beber. A água absorvida espalha-se no sangue que logo a redistribui aos tecidos. Ao contrário do que se acreditava antes, a água não é acumulada nas células aqüíferas da pança. Não pode portanto servir como reserva para o homem, que não poderia obtê-la abatendo o animal. E, mesmo que ficasse um pouco de água na pança, estaria tão carregada de fermentos digestivos que seu aproveitamento seria impossível.
O dromedário também elimina muito menos água pela urina do que o homem. À água contida no sangue é recuperada à altura dos rins e o animal excreta, em quantidade muito pequena, uma urina bastante concentrada. Finalmente, o dromedário perde muito pouca água por evaporação através dos pulmões (anélito) e da pele (suor), pois a temperatura interna de seu corpo não é constante, subindo alguns graus quando faz muito calor. No homem, ao contrário, a temperatura interna é constante. Para mantê- la , o corpo tem que eliminar, a qualquer custo as calorias excedentes, o que é feito pela evaporação. A transpiração é assim função direta da diferença existente entre as temperaturas interior e exterior. Esta diferença torna-se evidentemente menor no dromedário, cuja temperatura é variável. Além disso, os pêlos lanosos do camelo tem a mesma função que o albornoz dos árabes e diminuem as perdas de água por transpiração. A transpiração é tanto mais forte quanto mais seco for o ar. Como a atmosfera, à altura dos pêlos. Fica saturada de suor, forma-se uma camada de ar úmido que limita essa diminuição.
O GIBA: Assinalemos finalmente o papel indireto da giba na luta contra o calor. Ao contrário do que se acreditou por muito tempo, a giba não é um reservatório de água e sim de gordura. As gorduras que aí se acumulam não estacionam na pele que, por isso, é muito pouco gordurosa, o que lhe permite assegurar a transpiração nas melhores condições. Graças ao conjunto dessas características morfológicas, um dromedário no bebedouro recupera em 10 minutos toda a água de cuja falta se ressente.
O dromedário, que se nutre exclusivamente de vegetais é muito fácil de satisfazer no tocante à alimentação, podendo sobreviver durante semanas com o consumo de ervas mais duras e mais secas do deserto, e, em caso de necessidade, chega a contestar-se com uma cesta velha ou uma esteira de palha de palmeira. No leste do Sul os indígenas tem que proteger suas casas contra os dromedários , os quais são capazes de comer os palhiços que cobrem os frágeis tetos de colmos, e até mesmo o próprio teto e paredes feitas do mesmo material, devorando assim toda a habitação. Os espinhos mais acerados não lhe ferem a boca, e eles devoram com visível satisfação ramos de acácia eriçados de espinhos suficientemente resistentes para atravessar de um lado a outro as solas dos sapatos.
Quando, fatigados por uma longa viagem às proximidades de um ponto de água, os dromedários comportam-se de maneira singular. De olhos semicerrados, levantam a cabeça, aspiram o ar, examinam o solo, e, subitamente, partem num galope tão rápido que seu cameleiro tem a maior dificuldade para se manter no dorso sem ser atirado ao chão. Chegados ao ponto de água, bebem avidamente uma grande quantidade de líquido. Seu corpo incha de maneira visível e, ao retornarem a marcha, a água acumulada em seu estômago faz um ruído semelhante ao que se houve quando se agita um tonel cheio de água até o meio.
Os dromedários são mais ou menos sóbrios , dependendo das condições em que são criados. Se, por natureza não se mostram exigentes, podem com tudo perder por completo sua s características originais, a ponto de se tornarem imprestáveis para a execução de serviços nas regiões áridas. Os dromedários do deserto, habituados, desde que nascem, a beber apenas de 4 em 4ou de 5 em 5 dias e a alimentar-se de vegetação pobre dessas regiões, apresentam melhor adaptação ás viagens através do Saara do que que os procedem de Zonas cultivadas onde não sofrem de fome nem de sede.
A raça criada pelos tuaregues, conhecidas pelo nome de meari, tem pernas longas, pescoço fino e cabeça pequena. Sua morfologia indica-a mais para a corrida do que para o transporte de cargas pesadas. Os mearis escalam suas montanhas natais com uma ligeireza e segurança impressionante.
Observando-se um dromedário em repouso custa-se a acreditar que possa rivalizar em velocidade com o cavalo. E é o que acontece. Os dromedários nascidos no deserto são excelentes corredores e podem cobrir distâncias consideradas de uma só estirada.
Quanto a isso situam-se na primeira linha entre os animais domésticos. Todos os dromedários gingam e podem manter andamento muito variado. A passo, dão a impressão de que andam com as pernas de pau, balançando seu pescoço longo. Mas, se o animal é de boa raça, quanto mais ele acelerar a marcha mais desaparecem os defeitos do andar lento. Em plena corrida, dá a impressão de leveza e elegância.
O gingado do dromedário proteja o cavaleiro diante para trás e de baixo, para cima, submetendo-o a solavancos constantes. As coisas só melhoram quando o animal começa a trotar. Com o movimento alternado dos membros, o balanço lateral acaba e, se o cavaleiro está bem montado, tem sensação igual à que experimenta quando montado num cavalo. Um dromedário criado na planície mostra grande dificuldade em galpar rampas e não pode ser usado na montanha. Na água as dificuldades são maiores. Se é empurrado para beber, ele entre literalmente em pânico e é fácil imaginar-se que dificuldades se apresentam quando se tenta fazê-lo atravessar um rio ou uma corrente, dado que ele não sabe nadar. Para faze-lo entrar na água é preciso que dois homens lhe segurem, um a cabeça e outro a cauda, a fim de mantê-las fora da água. O primeiro puxa o animal, ao passo que o outro o empurra durante toda a travessia do curso.
Constituída por uma estranha série de gritos discordantes, de gemidos de grunhidos, a voz do dromedário é impossível de se descrever. O sentido mais desenvolvido é a audição: a vista não é tão boa e o olfato apresenta-se medíocre.
REPRODUÇÃO:
Na época da reprodução o dromedário, que já é inquieto por natureza, tem um comportamento ainda mais nervoso. Perde o apetite e torna-se agressivo com os seus semelhantes. A fêmea, que tem cios muito curtos, só aceita o macho durante 3 ou 4 dias. Sua gestação dura 12 meses e meio, após os quais, ela dá a luz um só filhote. Este de aspecto mais cômico que gracioso, é alegre como todos os animais e vem ao mundo com os olhos abertos e cobertos por uma pelagem espessa, macia e lanosa. A giba é muito pequena, mal se vendo suas calosidades. Mede 1 m de altura, mais que um potrinho das mesma idade. O dromedário não é apenas um animal de sela ou de carga. As tribos nômades do deserto sabem utilizá-lo de várias outras maneiras.
A carne dos indivíduos velhos é bastante coriácea, mas a dos jovens é um verdadeiro regalo. A pele serve para confeccionar tendas e diversos utensílios, embora o couro deste animal não seja muito resistente. O pelo trabalhado de vários modos, permite a fabricação de tecidos excelentes. O leite das fêmeas é espesso, gorduroso e muito agradável de beber quando se volta ao acampamento após uma longa marcha ao sol. O excremento é insubstituível como combustível, depois de moldados em bolos redondo que se secam ao sol antes de serem utilizados.
Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe


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