TITANIC A CONSPIRAÇÃO
Tudo o que rodeia o gigantesco
transatlântico Titanic e sua incrível viagem – e posterior naufrágio - sempre
foi sujeito a numerosas conjecturas e teorias. Teria sido ele naufragado
intencionalmente? Que objetivo ou benefícios se teria com seu terrível
naufrágio? Estas são apenas algumas perguntas que tentaremos responder ao longo
do artigo, é claro, sempre partindo da mais pura lógica. Continue lendo o
artigo, pois é muito interessante!
O RMS Titanic, mais tarde conhecido
como o maior e mais luxuoso navio de cruzeiro do mundo, chocou-se com um
iceberg em sua viagem inaugural, na manhã de 15 de abril de 1912. Em três
horas, ele rumou para o fundo do oceano, matando 1.500 de seus 2.224
passageiros e tripulantes. O Titanic foi um dos 3 traçadores oceânicos de
classe olímpica construídos no estaleiro Harland and Wolff, em Belfast, sendo o
RMS Britannic e o RMS Olympic os outros dois.
O Olympic foi lançado um ano antes do
Titanic e parecia compartilhar da mesma má sorte que seu famoso navio irmão.
Poucos meses após o seu lançamento, em 1911, ele teve dois acidentes graves, o
segundo com o cruzador da Marinha Real, o HMS Hawke, ao largo da costa da Ilha
de Wight, causando sérios danos estruturais em sua estrutura de aço. Alguns
autores sugeriram que o dano do Olympic foi mais sério do que o divulgado. Na
verdade, teria ocorrido praticamente uma perda total.
Os reparos do Olympic seriam
absurdamente caros, atingindo milhões de libras. A White Star Line, já passando
por dificuldades, estaria em face de um potencial desastre financeiro. Será que
a White Star e seu proprietário, JP Morgan, teriam concebido uma brilhante
fraude de seguro para tentar salvar seu investimento e resolver o problema de
sua linha olímpica? O Olympic, segundo a teoria, seria trocado com o Titanic e
naufragaria em um acidente simulado. O Titanic, disfarçado de Olympic, faria o
serviço.
Os dois navios eram essencialmente
idênticos, exceto por pequenas diferenças, e ficavam ancorados lado a lado na
doca, fazer as mudanças seria apenas questão de trocar alguns sinais e placas.
Embora não seja novidade, Robin Gardiner popularizou a teoria da troca do
seguro em seu livro de 1998, "Titanic - O navio que nunca naufragou”.
Poderá realmente ter sido o Olympic que naufragou no lugar do Titanic?
Evidencias favoráveis: Vigias
Os defensores da teoria da troca
assinalaram disparidades no número de vigias dos navios. O Olympic tinha 16
vigias e o Titanic, 14 vigias. As fotografias tiradas do Titanic na doca
mostram que ele tinha 14 vigias. Porém, no momento de sua malfadada viagem
inaugural, ele tinha 16 vigias, como o Olympic. Será esta uma evidência de que
os barcos foram trocados ou de que eles apenas acrescentaram duas vigias
adicionais como parte das mudanças estéticas do Titanic? Outra evidência é que
as vigias do Olympic foram divididas de forma pouco uniforme, ao contrário das
do Titanic. Novamente, em sua viagem inaugural, o Titanic tinha as vigias meio
desalinhadas como as do Olympic.
Rumores entre a tripulação
Durante o lançamento do Titanic,
houve uma greve dos carvoeiros, em todo o país. Isto levou a que milhares de
bombeiros, caldeireiros e engraxadores ficassem sem trabalho. No entanto,
apesar disso, o Titanic teve dificuldade em montar sua tripulação, com muitos
homens a qualquer preço se recusando a trabalhar no navio. Rumores circulavam
entre os trabalhadores na Harland & Wolff que os navios haviam sido
trocados como parte de uma fraude de seguros e que o Titanic iria ser afundado.
Será que o conhecimento prévio do naufrágio do Titanic assustou os homens de
modo a não querem ir trabalhar no navio?
Apesar da imensa ostentação e
agitação em torno do lançamento do Titanic, ele tinha apenas metade dos lugares
reservados quando deixou Southampton em sua malfadada viagem. Será que a White
Star quis reduzir ao mínimo o número de passageiros em função de sua intenção
de afundá-lo? Ou será que os rumores de golpe no seguro tinha se espalhado para
além dos estaleiros? Houve muitos cancelamentos de última hora, por parte de
passageiros de alto nível, sugerindo algum tipo de conhecimento prévio.
Cancelamentos de última hora
Muitas das figuras mais ricas e
prestigiadas na sociedade do século 20 tinham reservas no Titanic. JP Morgan, o
financista internacional, dono da empresa-mãe White Star, estava programado
para viajar no Titanic, mas cancelou a viagem alguns dias antes da partida,
alegando doença. O jornal The New York Times alegou que isso fora uma mentira -
Morgan foi visto perfeitamente bem com sua amante, na França, no dia em que o
Titanic naufragou. O industrial Henry Clay Frick e sua esposa, o banqueiro
Horacio J. Harding e o multimilionário George Washington Vanderbilt, todos
ligados a Morgan, também cancelaram a viagem na última hora.
Californian
O SS Californian, também de propriedade
da JP Morgan, era um grande navio de passageiros e terminou sendo culpado pela
perda de várias vidas do Titanic. Ele apresentou comportamento um tanto
estranho durante a viagem do Titanic. Sem transportar passageiros, ele ficou
parado no meio do Atlântico, detido e esperando. Sua única carga eram 3.000
cobertores e malhas de lã.
Qual o propósito deste comportamento
estranho? O Californian estaria ali apenas para resgatar os passageiros do
Titanic depois de seu naufrágio deliberado? Edith Russell, uma sobrevivente do
naufrágio, foi categórica ao dizer que oficiais do Titanic lhe asseguraram que
o Californian estava a caminho. O autor Robin Gardiner sugere que falhas de
navegação graves levaram o Californian à área errada - cerca de 12 milhas de
distância do Titanic. No final, por causa dessa "falha", cerca de
1.500 pessoas morreram.
Os destroços
Os destroços do Titanic foram
descobertos por Robert Ballard, em 1985. Algumas evidências suportam a teoria
da troca. A estampa do número 401, o número de identificação utilizado no
Titanic, em Harland e Wolff, pode ser vista em sua hélice. No entanto, alguns
autores sugerem que a hélice do Titanic tenha sido colocada no Olympic durante
seus reparos após a colisão com Hawke.
Se for verdade, isso seria uma forte
evidência de que o navio encontrado no fundo do oceano era realmente o Olympic.
Também foram avistadas o que parecem ser as letras M e P, em um lado dos
destroços, o que poderia sugerir a verdadeira placa de identificação
"OLYMPIC", coberta com o nome TITANIC, como parte da farsa. Os
destroços também pareceram mostrar uma camada de tinta cinzenta, cor utilizada
no Olympic. No Titanic, foi utilizada tinta preta.
A falta de escrutínio da mídia
Golpes de seguro e fraudes marítimas
eram muito comuns na época do naufrágio do Titanic. Embora pareça pouco
provável que ela ocorressem atualmente, a falta de cobertura da mídia em 1912
os tornavam tornou muito mais dignas de crédito. Há apenas 1 filme do Titanic e
algumas fotos raras. Com dois navios tão semelhantes, apenas os olhos mais
acurados poderiam ter notado a troca.
Evidências contrárias: O naufrágio
Embora alguns destroços possam
fornecer alguma evidência da teoria da troca, a maior parte deles aponta para
sugerir que eles eram realmente do Titanic. O número de identificação 401 foi
encontrado em vários locais dos destroços, em móveis e em outros objetos
encontrados. Será que a troca poderia ter sido assim tão bem elaborada?
Diferenças nos barcos
Estudiosos e historiadores do Titanic
dizem que as semelhanças existentes entre os dois barcos foram exageradas.
Apesar serem superficialmente iguais, houve diferenças estruturais
significativas e alterações estéticas feitas no Titanic para distingui-lo de
seu navio irmão. O Deck A da Primeira Classe do Titanic era fechado com vidro,
enquanto no Olympic, era aberto. A casa do leme do Titanic era plana e a do
Olympic, curvada. O Deck B do Olympic tinha um passeio para a Primeira Classe,
ao passo que o do Titanic tinha varandas e suítes privativas. Na verdade, muitos
passageiros reservaram suítes, o que teria sido impossível no Olympic.
Perda de reputação
Muitos céticos da teoria da fraude de
seguros argumentam que, mesmo que uma fraude de seguros fizesse sentido
financeiramente para a White Star, a perda de reputação que a empresa sofreria
pelo naufrágio de um dos seus navios seria devastadora. Perder o Titanic em sua
viagem inaugural, seria um desastre de publicidade para a White Star e levaria
à perda de confiança dos passageiros na empresa. A intenção por trás dos navios
de classe olímpica era atrair passageiros de primeira classe e oferecer o
melhor em luxo e opulência. Tendo essa imagem de superioridade, um naufrágio se
revelaria uma catástrofe para a empresa.
O naufrágio deliberado de um navio
O Titanic foi infamemente descrito
como "inafundável". Embora isso tenha sido provado um engano, apenas
um conjunto de circunstâncias muito específicas foi capaz de afundá-lo. Será
que eles realmente teriam concebido algo tão complexo como afundar o maior navio
do mundo, no meio do Oceano Atlântico? Com tantas variáveis e tantas coisas que
poderiam dar errado, como eles teriam certeza de que teriam sucesso? Se o plano
fosse descoberto, teria sido desastroso. Eles seriam responsabilizados pela
morte de 1.500 pessoas, talvez até acusados de assassinato. Pessoas como as da
White Line e JP Morgan – um milionário que poderia financias as potenciais
perdas do Olympic - iriam realmente desafiar a forca por uma fraude de seguro?
O Olympic após o Titanic
Se a teoria da troca for verdadeira,
o Titanic disfarçado de Olympic continuou trabalhando por muitos anos. Ele
transportou tropas na Segunda Guerra Mundial e retomou sua função de cruzeiro
de luxo nos anos 20 e 30, antes de ser finalmente aposentado em 1935. Em todo
esse tempo, nenhuma evidência de que ele fosse o Titanic foi descoberta. Mesmo
quando foi desmontado, em 1936, não houve nenhuma indicação de que o navio
fosse outro senão o próprio Olympic.