AMENÓFIS
Amenófis III ou em egípcio antigo
Amenhotep III foi um faraó da XVIII dinastia egípcia. O seu longo reinado de
cerca de quarenta anos correspondeu a uma era de paz, prosperidade e de
esplendor artístico no Antigo Egipto. Estima-se que governou entre 1389 a.C.-
1351 a.C. ou entre 1391 a.C. - 1353 a.C.
História
Era filho do rei Tutmés IV e de uma
esposa secundária, Mutemuia. Ascendeu ao trono quando ainda era uma criança,
talvez aos dez ou doze anos.
Casou com Tiye, uma jovem que não era
oriunda do meio nobre. Por altura do seu casamento fabricaram-se escaravelhos
comemorativos com cerca de dez centímetros, nos quais se comunicava o nome do
pai e da mãe da noiva (Yuya e Tuya respectivamente). Estes objetos foram
enviados um pouco por todo o Egito e também para o estrangeiro. O irmão de
Tiye, Anen, viria a exercer altas funções como sacerdote de Amon e Rá-Horakhty.
Reinado
No começo do seu reinado (ano 5)
reprimiu uma pequena revolta na Núbia, terra dos núbios, povos negróides, mas
de uma forma geral o seu reinado ficou marcado pela paz, graças às campanhas
militares que tinham sido realizadas pelos seus antecessores, como Tutmés III,
e que tinham feito do Egito uma potência respeitada. Amenófis recorreu mais à
diplomacia do que à força, como mostra a troca de correspondência entre o faraó
e os soberanos de Ammia (Síria), Babilônia e Arzawa (Anatólia). Fez parte das
alianças com estes impérios o casamento com princesas que se tornaram suas
esposas secundárias.
As relações comerciais com o
estrangeiro permanecem cativas: do Chipre o Egito recebe o cobre e da Babilônia
cavalos e lápis-lazuli, trocando estes bens por ouro da Núbia.
No ano vinte e oito do seu reinado
iniciaram-se os preparativos para o jubileu que celebraria os trinta anos do
seu reinado. Por esta altura, o faraó pretendeu afirmar-se como filho do deus
Atom, para desta forma limitar a influência dos membros do clero de Mona, que
sendo detentores de terras, minas e mesmo de uma frota e polícia tinham uma
influência cada vez maior na política egípcia. Esta situação levou a conflitos
entre os partidários das duas divindades. O seu filho e sucessor, Amenófis IV
(Aquenáton) levou as ideias do pai às últimas consequências, rompendo com o
clero de Mona e fazendo de Atom a única divindade digna de culto. Para além do
jubileu do ano trinta do seu reinado, realizaram mais dois jubileus, no ano
trinta e quatro e no ano trinta e sete.
Construções
O faraó mandou construir uma série de
edifícios, tendo em Amenófis, filho de Hapu o seu principal arquiteto. Destes
salientam-se um templo funerário na margem ocidental de Tebas, do qual só
restam duas esculturas gigantescas que representam o faraó, às quais os gregos
deram o nome de Colossos de Memnon, por ali verem um dos heróis da Guerra de
Troia. Outras obras do seu reinado foram um palácio em Malqata, que possuía um
lago, para além das estruturas mais importantes do Templo de Luxor.
e um pilone no templo de Karnak.
Amenófis foi enterrado na tumba WV22 no Vale dos Reis.
Estátua de Amenófis III é encontrada
em Luxor
Arqueólogos encontraram em Luxor, no
sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3.400 anos que representa o faraó
Amenófis III, anunciou nesta quinta-feira o ministro egípcio de Antiguidades,
Zahi Hawass.
A estátua mostra o faraó sentado ao
lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. A metade superior da
estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de
Amenófis III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor.
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