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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

IRÃ EM PONTO DE BALA

[Imagem: 4iran-usa-israel.jpg] Depois da Líbia agora a bola da vez é o IRAN e que Cuba e a Venezuela se preparem também!

Netanyahu intensifica campanha em favor de ataque ao Irã

Governo desconfia que ex-chefes da inteligência esteja por trás de vazamento de informações
03 de novembro de 2011 | 23h 35.

TEL AVIV - Decidido a destruir as instalações nucleares do Irã, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, está em campanha para persuadir os setores mais céticos de seu governo e a cúpula militar israelense a lançar uma ofensiva - de preferência com o apoio de aliados ocidentais, como os EUA.


O ataque, uma obsessão de Netanyahu, é considerado "iminente" por assessores e aliados do premiê, que já teria convencido o chanceler Avigdor Lieberman. Segundo o jornal Haaretz, de Israel, a discussão segue "intensa" e "séria" no gabinete de Netanyahu, que estaria usando termos apocalípticos, como a possibilidade de "um novo Holocausto", para derrotar as últimas resistências ao plano de guerra.


Os principais líderes militares do país, que são o maior obstáculo aos planos de Netanyahu, duvidam da eficácia de um ataque aéreo ao Irã, já que as instalações nucleares do país são subterrâneas e estariam bem protegidas.


O ministro do Interior, Eli Yishai, do partido ortodoxo Shas, também é contrário a uma ação militar. Segundo ele, o bombardeio poderia causar uma violenta reação contra Israel por parte do Hamas, na Faixa de Gaza, e do Hezbollah, no Líbano - ambos os grupos são apoiados por Teerã.


Ainda na terça, Netanyahu pediu a abertura de uma investigação para apurar o vazamento das informações sobre a preparação do plano. Segundo o jornal Al-Jarida, do Kuwait, ele desconfia que as informações foram passadas para a imprensa por Meir Dagan, ex-chefe do Mossad, serviço secreto de Israel, e por Yuval Diskin, ex-diretor do Shin Bet, serviço de inteligência interna do país.


Segundo fontes do governo israelense, citadas pelo jornal kuwaitiano, Diskin e Dagan querem vingança por não terem continuado no governo. "A intenção era prejudicar Netanyahu e o ministro da Defesa, Ehud Barak", diz a reportagem. O objetivo é promover uma campanha midiática para derrubar o premiê.


Sinais


O primeiro sinal importante de que o premiê estava decidido a atacar o Irã veio na semana passada, quando o jornal israelense Yediot Ahronot revelou a pressão de Netanyahu e Barak sobre ministros e militares. A reportagem era claramente sustentada por informações privilegiadas de alguém do governo.


O segundo sinal veio nesta semana, quando o Exército israelense concluiu, em bases da Otan na Itália, a simulação de um bombardeio de longo alcance e testou um novo míssil que tem capacidade para levar ogivas nucleares a 6 mil quilômetros de distância. Na terça, o comando militar israelense realizou novos exercícios de ataque com foguetes a centros urbanos.


O jornal britânico The Guardian informou ontem que as Forças Armadas da Grã-Bretanha têm um plano de contingência para o caso de os EUA optarem por uma ação militar contra o Irã e pedirem ajuda a Londres.


Reação


Teerã lançou um alerta aos EUA e a Israel. Segundo o chefe do Estado-Maior do Irã, general Hassan Firuzabadi, um eventual ataque contra instalações nucleares iranianas teria graves consequências. "Os EUA e o regime sionista sabem que sofrerão perdas enormes, pois as forças iranianas estão preparadas para causar grandes danos", disse. Para o também general Mohamed Hejazi, um ataque contra o país é "improvável". "A República Islâmica pode defender seus interesses nacionais. Por isso, as ameaças não são críveis nem têm valor para nós." 
 
O Irã é a principal ameaça para os Estados Unidos e seus aliados no Oriente Médio, superando a Al Qaeda, cuja ameaça foi reduzida, mas não descartada, afirmou uma autoridade militar sênior dos EUA nesta sexta-feira.

"A maior ameaça aos Estados Unidos e aos nossos interesses e amigos...é o Irã", disse o oficial a um fórum em Washington. Jornalistas foram autorizados a cobrir o evento sob a condição de que o militar não fosse identificado.


Na próxima semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (um agência da Organização das Nações Unidas), deve divulgar um relatório que inclui prova da pesquisa nuclear iraniana, que faz pouco sentido se não estiver relacionada a armas, disseram diplomatas ocidentais.


A autoridade disse não acreditar que o Irã queira provocar um conflito e que não sabe se o Estado Islâmico decidiu construir uma arma nuclear.


O Irã afirma que seu programa nuclear é pacífico e que está enriquecendo urânio para geração de eletricidade.


"Eu não sei se os iranianos tomaram a decisão de fazer uma arma nuclear", disse o oficial militar.


Ele acrescentou, no entanto, que a comunidade internacional se uniu contra as ambições nucleares de Teerã por causa da incerteza sobre a ação futura do Irã.


(Reportagem de Phil Stewart em Washington; com reportagem adicional de Fredrik Dahl em Viena) 
 'Irã perto de sofrer ataque', diz presidente de Israel
Peres diz que ofensiva é hipótese mais provável do que a diplomacia para resolver impasse sobre programa nuclear
05 de novembro de 2011 | 0h 38
JERUSALÉM - O presidente de Israel, Shimon Peres, disse nesta sexta-feira, 4, que a comunidade internacional "está mais perto de chegar a uma solução militar para o impasse sobre o programa nuclear do Irã do que diplomática". Num tom de ameaça incomum para o presidente e Nobel da Paz, a declaração, feita a um canal de TV israelense, foi recebida com surpresa.

Peres disse que os líderes mundiais deveriam "cumprir as promessas" de conter o Irã "a qualquer custo". "Há um longo menu (de opções) sobre o que pode ser feito", disse.


Na quarta-feira, a agência Associated Press divulgou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tenta persuadir seu gabinete a usar a força militar para tentar conter o programa nuclear iraniano. No dia seguinte, o jornal britânico The Guardian noticiou que Londres se prepara para enviar navios de guerra ao Golfo Pérsico para dar apoio a uma ofensiva contra Teerã.


Suspeita


Israel, EUA e Grã-Bretanha, entre outros países, suspeitam que o objetivo do Irã é desenvolver a bomba atômica. Mas os aiatolás negam e asseguram que o programa nuclear iraniano é pacífico e busca produzir energia. Negociações diplomáticas e sanções econômicas aplicadas contra o país não foram suficientes para persuadir Teerã a abrir mão de suas ambições atômicas.



Na França, o presidente Nicolas Sarkozy disse que a "obsessão" do Irã em obter material nuclear fere as leis internacionais. Questionado sobre uma possível intervenção militar no país, Sarkozy reiterou que a comunidade internacional deve manter foco nas sanções, mas acrescentou que, se houver uma ameaça à existência de Israel, "a França não ficará de braços cruzados".


Em uma clara provocação, o principal negociador da questão nuclear de Teerã, Saeed Jalili, declarou na sexta que pretende denunciar os EUA na ONU por "ações terroristas" contra o Irã – como o assassinato de cientistas nucleares iranianos.


Segundo Jalili, o Ministério das Relações Exteriores apresentará ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, documentos que comprovariam as acusações. "Os EUA estão empregando o terrorismo para promover seus objetivos", disse Jalili, em um comício em Teerã. Ele citou a morte de três cientistas nucleares iranianos, que foram baleados. "Nós vamos processar os EUA".


Poder


O comitê de eleições do Irã baniu três partidos reformistas das eleições parlamentares, agendadas para março. Dois deles foram proscritos após protestos contra o resultado das eleições de 2009, que garantiu um segundo mandato ao presidente Mahmoud Ahmadinejad.


"O ministro do Interior considera tais partidos dissolvidos e, com suas licenças revogadas, eles não têm permissão para participar das próximas eleições", disse ontem o chefe do comitê eleitoral, Soulat Mortazavi. Os partidos são: Frente de Participação Islâmica, Organização Revolução Islâmica Mujaheddin e o Movimento Livre do Irã. 
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Shimon Peres diz que «opção militar» contra instalações nucleares do Irão «está próxima»Por Redacção


O presidente israelita Shimon Peres disse hoje que a «opção militar» de forma a impedir que o Irão obtenha armas nucleares «está próxima».


A informação foi avançada em concertação com os Estados Unidos, onde um alto responsável militar em Washington disse à Reuters, na noite de sexta-feira e sob anonimato, que o Irão é, neste momento, a maior ameaça dos Estados Unidos da América.


A mesma fonte advertiu que uma operação desta envergadura será difícil de pôr em prática, uma vez que as defesas aéreas do Irão são «topo de gama».


Entretanto Shimon Peres falou sobre uma eventual acção armada contra as instalações nucleares iranianas: «Penso que sim. E creio que os serviços secretos de todos estes países estão a ouvir os ponteiros do relógio a fazer tique-taque, advertindo os líderes de que não sobra muito mais tempo».


O clima de tensão no Médio Oriente continua a subir, quando se está a escassos dias de as Nações Unidas divulgarem o seu relatório sobre o nuclear.


O regime de Teerão reagiu logo ontem, alertando que um ataque contra o Irão terá «consequências apocalípticas».


O chefe do estado maior, Hasan Firuzabadi, salientou que as forças armadas estão preparadas: «Os Estados Unidos e o regime sionista [referência a Israel] sabem que, se o fizerem, sofrerão perdas enormes».

18:32 - 05-11-2011

vamos nos preparar!!! 
 Tensão Israel-Irã ganha novo capítulo antes de relatório da AIEA
06 de novembro de 2011 • 20h15
As tensões entre Israel e Irã envolvendo o programa nuclear iraniano deram um novo passo na última semana. Na quarta-feira, o jornal israelense Ha'aretz afirmou que o governo do país buscava apoio do Conselho de Ministros de Israel para iniciar um ataque às ogivas nucleares do país de Mahmoud Ahmadinejad. A equipe do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que levará em consideração o relatório da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) para avaliar uma possível intervenção.

O Irã não demorou a reagir diante das declarações de Israel. O ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, disse que o país "está preparado para o pior". Enquanto isso, tropas israelenses realizavam manobras militares, simulando ataques aéreos a centros urbanos e testando mísseis. À medida que países ocidentais - como Estados Unidos, França e Reino Unido - engrossavam o tom contra o Irã, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descartou qualquer possibilidade de intervir no país persa.


A atitude de Israel em relação a um possível ataque ao Irã levanta questões sobre a legalidade de uma intervenção como essa. Para que ocorra de forma legal, a ação precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU com unanimidade. Entretanto, é muito provável que a Rússia e a China votem contra o ataque - dois países que historicamente resistem em apoiar as sanções ocidentais ao Irã. Assim, Israel - que tem o apoio dos Estados Unidos - iria contra as normas que regem o direito internacional caso decidisse intervir sem o aval da ONU.


Apesar da tensão acirrada, episódios parecidos com esse já foram registrados na história dos conflitos entre Israel e Irã. Segundo o jornal El País, "é uma guerra de nervos que se prolonga desde a revolução iraniana de 1979, e que de vez em quando se sobressai com mais força". O jornal online CBS News destacou que, desde o surgimento de relatos de que o Irã estava envolvido em um programa de enriquecimento de urânio, especialistas e líderes mundiais alertaram o mundo sobre uma possível bomba atômica em pouco tempo. "Dez anos depois: nenhuma bomba", disse o jornal.


Além disso, é improvável que os Estados Unidos, enquanto liderados por Barack Obama, apoiem um ataque israelense ao Irã. Mesmo que o governo atual dos EUA tenha tomado medidas para isolar o país persa com sanções, Obama está em campanha eleitoral - e um de seus feitos mais destacados durante esse período é a retirada das tropas americanas do Iraque até o final deste ano. Segundo o CBS News, desde 2007, o Pentágono envia fortes advertências a Israel para que não ataque o Irã sob quaisquer circunstâncias, já que as consequências seriam muito graves.


Divergências internas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, receberam recentemente o apoio do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, no plano de ataque ao Irã - ele resistia devido às repercussões que a intervenção poderia ter. No entanto, os três buscam apoio da maioria do Congresso dos Ministros de Israel. Atualmente, o grupo que se opõe ao ataque tem pouco mais da metade dos votos - mas Netanyahu, Barak e Lieberman tentam reverter esse quadro
 

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