NOTA DE MARLUES
NAO ESTOU CHAMANDO A ICAR DE VACA POIS ELA NAO É, ELA É UMA PROSTITUTA E DAS GRANDES MAS COMPARANDO O QUADRUPEDE COM ELA POIS QUEM TEM UMA VACA SABE QUE DELA DE APROVEITA TUDO ASSIM É O CATOLICISMO E ENFIM TODAS AS RELIGIOES USAM E ABUSAM DOS QUE NAO BUSCAM CONHECIMENTO E NOSSO PROPRIO CRIADOR IGUA-LA ESTAS PESSOAS A VAGABUNDOS
E IRÃO VAGABUNDOS DE UMA EXTREMIDADE DA TERRA A OUTRA EM BUSCA DE CONHECIMENTO MAS NÃO O ACHARÃO .
Padre Marcelo prepara inauguração de mega-templo para 100 mil fiéis
Após crise vocacional que o afastou da vida pública, padre Marcelo Rossi volta à pregar com livro e CD mais vendidos do ano e inaugura maior templo católico da América Latina
VIDA URBANA - POR RAFAEL BARIFOUSE - 05/12/2011
Padre Marcelo completa 17 anos de sacerdócio em 1º de dezembro. A data será festejada em Interlagos, na Zona Sul, durante a missa de inauguração do Santuário Theótokos (mãe de Deus, em grego). Projetado por Ruy Ohtake, o templo tem capacidade para 100 mil fiéis – mais que o dobro do Santuário do Terço Bizantino, sua paróquia desde 1997. A abertura irá coroar a fase mais produtiva da carreira do padre desde sua aparição, no fim dos anos 1990. Após superar uma crise vocacional que o levou a três anos de reclusão, padre Marcelo voltou à cena, em 2010, com o maior sucesso literário alcançado por um brasileiro nos últimos tempos. Há dois meses, lançou o CD mais vendido do ano. A renda obtida com os dois produtos bancou a maior parte dos R$ 31 milhões usados até agora no santuário. “Diziam que a obra era inviável em razão da grandiosidade”, diz. “Mas Deus me fez cantar e escrever. Ele não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Deus me escolheu.”
Aos 44 anos, o padre mais famoso do Brasil diz que a ideia do novo templo surgiu em 1997, depois de um encontro com João Paulo II. Na ocasião, o papa pediu aos clérigos presentes que buscassem se reaproximar dos fiéis. Cinco anos depois, padre Marcelo começou a coletar doações e a buscar o terreno, comprado em 2006, por R$ 6 milhões. Ao encomendar o projeto a Ruy Ohtake, fez questão de que o altar pudesse ser visto de qualquer ponto da plateia (por isso a igreja não tem colunas) e que o complexo fosse acessível a deficientes (daí o chão sem desníveis). Em seguida, pediu a construção de uma cripta sob o altar e de uma lanchonete. Por fim, quis que coubesse o maior número de pessoas possível. Foi prontamente atendido em tudo.
Com 5 mil metros quadrados, a igreja comporta 30 mil pessoas sentadas, em bancos de madeira. O padre espera reunir outras 70 mil de pé, dentro e fora da nave. Ohtake, conservador, estima em 70 mil a lotação máxima – o que já representaria o dobro da capacidade da Basílica de Aparecida, ou a mesma audiência reunida no Estádio do Morumbi em dias de megashows. “Ele tem um carisma impressionante”, diz Ohtake. “Tornou a Igreja mais aberta, com menos foco na culpa. Quis refletir essa leveza no projeto.” O teto do santuário se eleva em forma de onda, até atingir 22 metros de altura. As cores branco e azul predominam. Uma ampla claraboia ilumina o altar, com espaço para 120 pessoas. O complexo ainda inclui um edifício administrativo com salas para ensino religioso e salão para casamentos, 500 banheiros, 800 vagas de estacionamento e uma capela para 250 peregrinos. Um cruzeiro de 42 metros abençoa o prédio.
Iniciadas em 2006, as obras quase pararam há três anos, por falta de recursos. “Foi quando Deus me permitiu quebrar a perna”, diz padre Marcelo. Ele sofreu uma queda na esteira ergométrica e teve de passar sete meses de molho. Aproveitou a quarentena para escrever um diário. O texto deu origem ao livro Ágape (Globo Livros) no ano passado. Nele, padre Marcelo usa o Evangelho de São João para narrar a vida de Jesus Cristo, entremeando orações e episódios vividos por personalidades como Ghandi e Mandela. Amor ao próximo, humildade e perdão são temas recorrentes no título de autoajuda, desde agosto de 2010 no topo da lista dos mais vendidos publicada por Época. Com 7 milhões de exemplares comercializados em 15 meses, superou por aqui best-sellers mundiais como Crepúsculo, de Stephenie Meyer, e A cabana, de William P. Young. Agora, padre Marcelo negocia traduções para inglês, francês, italiano e espanhol. “Uma comissão cuida de cada centavo”, afirma.
Ágape significa amor divino em grego e também serviu de título a seu nono CD. O álbum também foi um sucesso: 1,4 milhão de cópias vendidas desde o fim de setembro. O repertório mistura músicas de autores católicos e evangélicos. Em sua maioria, são baladas que em nada lembram a aeróbica do Senhor que o tornou famoso. Nas gravações, em julho, padre Marcelo chegava pontualmente e só dava início aos trabalhos depois de rezar com a equipe. “Ele estava receoso”, diz Guto Graça Melo, produtor do álbum. “Era como se alguém tivesse dito que ele não cantava bem. Depois, ganhou confiança.” Com quatro discos de platina amealhados em dois meses, o padre é o maior sucesso do mercado fonográfico desde janeiro de 2010, superando Paula Fernandes, Ivete Sangalo e Luan Santana.
O faturamento de padre Marcelo com o CD é estimado em R$ 4 milhões. Por enquanto. Esse dinheiro vai ajudar a terminar o santuário, que deve consumir mais R$ 26 milhões. Faltam os acabamentos do piso, paredes e teto, bem como a troca da iluminação e das cadeiras. Para acelerar a construção, haverá missa apenas aos sábados e domingos. Durante a semana, a obra continua. “Em cinco anos acaba”, diz o padre.
O novo santuário também é sinal de prosperidade da Renovação Carismática, corrente da Igreja em que padre Marcelo se formou. O movimento nasceu no fim dos anos 1960, nos Estados Unidos, pelas mãos de um grupo ecumênico que reunia universitários católicos e pentecostais. Influenciados pela liturgia dos colegas evangélicos, os católicos que integravam o grupo adotaram um novo estilo de celebração, repleto de cânticos, louvores emocionados na leitura da Bíblia, e passaram a divulgá-lo pelo mundo. O movimento chegou ao Brasil por Campinas, em 1969, com a vinda dos padres americanos Eduardo Dougherty e Haroldo Rahm. Cresceu nos anos seguintes e chegou à década de 1990 disseminado em programas de rádio e televisão, já com a ascensão dos primeiros padres cantores. “Esse sucesso pegou a Igreja de surpresa”, diz padre Dougherty, de 70 anos, à frente da TV Século 21 e da revista Brasil Cristão. “Mais tarde, diante de frutos excelentes como padre Marcelo, o Vaticano deu provas de sua aceitação.”
O primeiro contato de padre Marcelo com a Renovação Carismática veio ainda na infância, numa família de classe média em Santana, na Zona Norte. Ele é o mais velho dos três filhos do bancário Antônio e da dona de casa Wilma, que ainda tiveram Mônica e Marta (leia biografia ao lado). Aos 7 anos, foi à primeira reunião carismática com os pais. “Era engraçado ver todos com as mãos para cima. Parecia que trocavam lâmpadas”, diz. Sete anos mais tarde, afastou-se por “rebeldia de adolescente”. Preferiu se dedicar à musculação, às artes marciais e à faculdade de educação física, completada em 1989. Com 1,95 metro, chegou a pesar 110 quilos e a flertar com o fisiculturismo. Mudou de ideia quando um primo morreu num acidente de carro e uma tia descobriu ter câncer. Aos 22 anos, passou a frequentar encontros de jovens e ficou convencido de sua vocação. Durante os quatro anos de seminário, padre Marcelo se formou em teologia e em filosofia. Foi ordenado aos 27 anos e logo assumiu a paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Santa Rosália, em Santo Amaro, na Zona Sul.
Seu estilo alegre e jovial começou a atrair cada vez mais fiéis. Em 1998, ele lançou o primeiro álbum solo, Músicas para louvar ao Senhor, que vendeu 2,5 milhões de cópias. Nascia o padre fenômeno. “Fui um bandeirante”, diz. “Antes, só tinha o padre Zezinho, mas ele não ia a emissoras laicas. Perguntei ao meu bispo: ‘Você me segura? Vai ter críticas’.” O bispo a que o ídolo se refere é dom Fernando Figueiredo, responsável pela diocese de Santo Amaro, que o conheceu quando o estudante Marcelo ainda estava em dúvidas sobre sua vocação. “Nas conversas, ele já deixava claro que precisávamos de novas formas de evangelizar”, diz dom Fernando, seu mentor até hoje. Segundo o professor de teologia da UFSCar André Ricardo de Souza, autor do livro Igreja in concert: padres cantores, mídia e marketing, de 2005, o apoio de dom Fernando foi essencial. “Ele é um bispo muito respeitado e dá liberdade ao padre. Sem isso, ele não seria quem é.”
Uma vez na mídia, padre Marcelo foi alvo da ala mais à esquerda da Igreja, adepta da Teologia da Libertação. Para esses religiosos, o bom sacerdote deve ter engajamento social e usar sua influência na defesa dos oprimidos. Por esse prisma, um ritual baseado em cânticos e coreografias, distante de qualquer discurso de classe, fazia de padre Marcelo um pregador superficial e “alienante”. Ele naturalmente discorda. “Dividir tudo entre ricos e pobres não é teologia. É ideologia”, diz. “Eu criei um centro para dependentes químicos. Isso não é social?” Um sinal da resistência ao seu trabalho, segundo padre Marcelo, se deu por ocasião da visita de Bento XVI ao Brasil, em 2007. Padre Marcelo se apresentou às 5 horas para um Campo de Marte vazio, bem longe do papa. Diz que foi boicotado pela organização e que o episódio desencadeou uma crise vocacional. No mesmo ano, a casa de seus pais foi assaltada e seu pai entrou na mira de sequestradores. Padre Marcelo decidiu se expor menos. “Amadureci. Aprendi a falar menos, a saber meu lugar”, afirma.
MEGAPODERES
O tempo de reclusão acabou em setembro do ano passado, com a publicação do livro. Três meses depois, padre Marcelo foi ao Vaticano receber o prêmio Van Thuân das mãos do papa. Batizada em homenagem a um cardeal vietnamita perseguido pelo regime comunista, a condecoração é conferida anualmente a pessoas à frente de projetos de grande valor social. “Sempre perguntavam se o papa tinha algo contra mim. Isso calou a boca de todo mundo”, diz padre Marcelo. Para Brenda Carranza, professora de teologia da PUC de Campinas e autora de Catolicismo midiático, publicado em 2011, o prêmio o consagrou como um legítimo ícone católico. “Ele sacraliza seu poder político e seu estilo”, diz Brenda. O novo santuário reforça essa consagração. “Um megatemplo traz megapoderes. Ele se firma como o sacerdote das multidões”, diz ela. A habilidade do padre Marcelo para trafegar em diferentes mídias corrobora esse megapoder (leia o quadro na pág. 74). Seu site oficial tem 2 milhões de cadastros. Os dois filmes lançados por ele somaram 3,3 milhões de espectadores. Em 13 anos, padre Marcelo já lançou nove discos solo e vendeu 12 milhões de exemplares. Na Rádio Globo, seu programa Momentos de fé é líder de audiência no país, com média de 1,1 milhão de ouvintes por minuto.
MEGAPODERES
O tempo de reclusão acabou em setembro do ano passado, com a publicação do livro. Três meses depois, padre Marcelo foi ao Vaticano receber o prêmio Van Thuân das mãos do papa. Batizada em homenagem a um cardeal vietnamita perseguido pelo regime comunista, a condecoração é conferida anualmente a pessoas à frente de projetos de grande valor social. “Sempre perguntavam se o papa tinha algo contra mim. Isso calou a boca de todo mundo”, diz padre Marcelo. Para Brenda Carranza, professora de teologia da PUC de Campinas e autora de Catolicismo midiático, publicado em 2011, o prêmio o consagrou como um legítimo ícone católico. “Ele sacraliza seu poder político e seu estilo”, diz Brenda. O novo santuário reforça essa consagração. “Um megatemplo traz megapoderes. Ele se firma como o sacerdote das multidões”, diz ela. A habilidade do padre Marcelo para trafegar em diferentes mídias corrobora esse megapoder (leia o quadro na pág. 74). Seu site oficial tem 2 milhões de cadastros. Os dois filmes lançados por ele somaram 3,3 milhões de espectadores. Em 13 anos, padre Marcelo já lançou nove discos solo e vendeu 12 milhões de exemplares. Na Rádio Globo, seu programa Momentos de fé é líder de audiência no país, com média de 1,1 milhão de ouvintes por minuto.
O midas da fé também acumulou relacionamentos influentes. Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, doou metade do valor do terreno do santuário. O goleiro Rogério Ceni e o ex-governador Antônio Fleury Filho o apresentaram a Ruy Ohtake. A primeira-dama paulista, Lu Alckmin, acompanha as obras desde a pedra fundamental. “Com certeza será um marco da cidade”, diz ela. Outro amigo é o deputado federal Gabriel Chalita, pré-candidato à prefeitura. Ele assina o prefácio de Ágape e se refere a padre Marcelo como irmão. “Muita gente disse que ele desapareceria. Isso não aconteceu. Ele mostrou consistência”, diz Chalita. Em janeiro, uma pesquisa do instituto Datafolha elegeu padre Marcelo a quarta personalidade mais confiável do país, atrás do ex-presidente Lula, do jornalista William Bonner e do apresentador Sílvio Santos.
No embalo de padre Marcelo, a Renovação Carismática se estabeleceu. Hoje, cerca de 10 milhões de pessoas fazem parte do movimento. Embora representem menos de 10% dos católicos do país, são grupos ativos, que se mobilizam e se firmam como peça de resitência em tempos de vacas magras para o catolicismo. O crescimento das igrejas pentecostais, cujo estilo se assemelha ao da Renovação em alguns aspectos, é apontado como um dos mais fortes motivos para a retração do catolicismo – que caiu de 83% para 68% da população desde 1991, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. A Renovação é vista como resposta a essa queda. Instado a comentar, padre Marcelo contemporiza. Evita ser identificado como carismático – “Quando me perguntam se sou da Renovação, digo que sou da Igreja Católica Apostólica Romana” – e nega o proselitismo: “Não quero converter ninguém. Quero trazer quem é católico de volta”.
“Diziam que a obra era inviável.
Mas Deus me fez cantar e escrever.
Ele não escolhe os capacitados,
capacita os escolhidos”
CORO, SERMÃO E BRINCADEIRAS
É tarde de sábado. O Santuário do Terço Bizantino recebe uma das últimas missas antes da mudança para Interlagos. Ventiladores e vapor d’água vindo do teto refrescam milhares de pessoas. Há caravanas de Sergipe e das cidades de Ribeirão Preto, Mogi Mirim e Campinas. São pessoas simples, a maioria acompanhada de amigos ou parentes. Quando o padre Marcelo sobe ao palco, a plateia irrompe em coro e aplausos. Câmeras fotográficas disparam. Empunhando um microfone dourado, a mesma cor dos utensílios do altar, ele veste túnica, batina e um par de tênis anti-impacto, para não forçar a perna. Em uma hora e meia, canta 15 músicas, acompanhado por uma banda e dois backing vocals. Entre uma canção e outra, sermão e brincadeiras. “Quem veio pela primeira vez?”, pergunta. Poucos levantam a mão. “Quem vem sempre?”, continua. A maioria se manifesta.
É tarde de sábado. O Santuário do Terço Bizantino recebe uma das últimas missas antes da mudança para Interlagos. Ventiladores e vapor d’água vindo do teto refrescam milhares de pessoas. Há caravanas de Sergipe e das cidades de Ribeirão Preto, Mogi Mirim e Campinas. São pessoas simples, a maioria acompanhada de amigos ou parentes. Quando o padre Marcelo sobe ao palco, a plateia irrompe em coro e aplausos. Câmeras fotográficas disparam. Empunhando um microfone dourado, a mesma cor dos utensílios do altar, ele veste túnica, batina e um par de tênis anti-impacto, para não forçar a perna. Em uma hora e meia, canta 15 músicas, acompanhado por uma banda e dois backing vocals. Entre uma canção e outra, sermão e brincadeiras. “Quem veio pela primeira vez?”, pergunta. Poucos levantam a mão. “Quem vem sempre?”, continua. A maioria se manifesta.
Na primeira fila está o professor de francês Alexandre Antônio, de 34 anos. Ele chegou ao meio-dia, três horas antes do início da missa. “Passei por um período turbulento e me afastei da Igreja. Aqui, com esse estilo alegre, me reencontrei”, diz Antônio. Há dez anos ele vem de São Bernardo a cada 15 dias. A seu lado, o gerente administrativo Luiz Libel, de 46 anos, sabe de cor as letras das músicas e não contém as lágrimas. Ele se diz diácono de uma paróquia evangélica, mas afirma não haver conflito. “Aqui não tem imagens de santos. O importante é ouvir a palavra de Deus”, diz.
Dom Fernando está sempre ao lado de padre Marcelo, no altar. Faz longas homilias, com temas semelhantes às feitas em paróquias tradicionais. Inovador na forma, padre Marcelo mantém-se conservador nos dogmas, entre eles a rejeição ao aborto e à homossexualidade. Em certo momento, há a bênção de objetos. Bolsas, chaves de casa e do carro, fotos e carteiras de trabalho são erguidas pela multidão. Ao encerrar a missa, dom Fernando abençoa os fiéis, enquanto seus assistentes e padre Marcelo lançam baldes de água benta. Literalmente. Antes de partir, o padre anuncia a próxima sessão de dedicatórias – ele diz que não é artista e, por isso, não dá “autógrafos”. Pergunta quem já comprou seu disco e seu livro e anuncia a proximidade da inauguração do santuário. Sai apressado para dar conta da agenda.
Costuma acordar às 7 horas e fazer fisioterapia. Enquanto não pode correr – o que chama de “vício do bem” –, caminha 45 minutos na esteira, normalmente ao som de U2, Eric Clapton e Phil Collins. Reza missas às quintas, sábados e domingos. Às terças, quartas e quintas, faz “dedicatórias”. Está no rádio de segunda a sábado e apresenta o programa Santa missa em seu lar, da Rede Globo, às 6 horas de domingo. Ainda encontra tempo para checar oito contas no Facebook. “A evangelização tem de estar em todo lugar”, diz.
Para descansar, assiste a filmes de artes marciais. Operação dragão, com Bruce Lee, e O beijo do dragão, com Jet Li, são os preferidos. Também gosta de ver o Corinthians jogar. Diz que sua única vaidade é o remédio contra a calvície. Normalmente, as únicas refeições são o café da manhã e o jantar. Deita-se à meia-noite. Recentemente, foi diagnosticado com estresse. Lida há muitos anos com um problema crônico na coluna. Os problemas de saúde já se refletem na aparência. É visível o sobrepeso. “Minha médica pediu para reduzir o ritmo e me alimentar melhor”, afirma. Ao que tudo indica, ele não seguirá as recomendações. Padre Marcelo planeja lançar em 2012 uma versão para karaokê do último disco e transformar Ágape em audiolivro. Em 2013, quer filmar e atuar em seu terceiro filme.
A prioridade é inaugurar o santuário. Um teste foi feito em 12 de outubro, com uma missa para 70 mil pessoas. Os fiéis se amontoaram na hora da saída. Na abertura oficial, no dia 1º, padre Marcelo pretende reunir celebridades – Xuxa é a primeira da lista – para entreter a plateia e evitar confusão. Também convidou a presidente Dilma Rousseff, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab. “Minha missão é deixar tudo funcionando. Aí meu bispo vai decidir se continuo ou se outro assume”, diz. Aos fãs, há pouco a temer. A fase é tão promissora que, por ora, nada parece afastá-lo do altar. Nem do palco.
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